Saudações leitores. Agora sim, vamos falar de inovação. Me frustrei nas 2 últimas edições com a falta de novidades no NRF e no MWC, mas CEO do v, Elizabeth Bramson-Boudreau, trouxe 10 tecnologias do MIT Technology Review que mais impactaram os acontecimentos do mundo em 2023 e vamos navegar por eles, pois todos foram tocados de alguma forma no SXSW. Vou passar rapidamente pela futuróloga Amy Weeb, uma profissional que todos deveriam seguir em seu Linkedin. Um viva ao SXSW !!!!!
A inteligência artificial (IA) foi a tecnologia destacada em primeiro lugar no relatório, e várias vezes mencionada no evento, com 2023 marcando um período agitado para sua evolução.
Vi recentemente um gráfico da Gartner que coloca a IA generativa como hype, isto quer dizer que atingiu o máximo no pico das expectativas infladas e apesar de termos ainda uma série de usos de IA(causal, simbólica, dentre outros) no início da curva chamada de gatilhos da inovação.
A cobrança a partir de agora será pelo real e efetivo uso da IA e sua relação com os ecossistemas de captura de informação que vão popular as IAs em todos os segmentos. Vamos monitorar !!!!!! Apesar de enfrentar desafios como falhas no Bing Chart e no Bard, essa tecnologia promete transformar os comportamentos sociais devido a interação do entorno e suas respostas rápidas.
A professora Amy Webb em sua apresentação também focou nas ferramentas de criação de imagens e vídeos lançadas pela Meta e Microsoft, dentre outros.
Em segundo lugar, mudamos totalmente o assunto e vamos para as novas células solares, utilizando um mineral chamado Perovskita, relativamente raro é encontrado principalmente nos EUA, Rússia, Suíça, Suécia e na Alemanha. Em conjunto com o Silício, prometem revolucionar a geração de energia solar, com a Oxford PV planejando comercializá-las já em 2024. Atualmente, 95% das placas são feitas de Silício onde a eficiência varia de 15% a 25% e esta nova combinação pode revolucionar a captura de energia renovável, passando dos atuais 25%.
O Apple Vision Pro, um headset de realidade virtual com a maior tela já feita para esse tipo de dispositivo, foi classificado em terceiro lugar. Devemos lembrar que a adoção esperada da Geração X não ocorreu, no início das vendas. Tivemos como early adopters pessoas mais velhas e curiosas do que uma massificação para o outro público mais jovem. Talvez o preço seja seu limitante(começando a partir de U$3.499).
Medicamentos para perda de peso, sistemas de energia geotérmica, chiplets, tratamentos de edição de genes. Quero discorrer um pouco sobre este último. Novos tratamentos baseados em CRISPR (técnica revolucionária de edição genética) vieram à cena, pois a Vertex tornou-se a primeira empresa a obter aprovação regulamentar no Reino Unido e nos Estados Unidos pela sua capacidade de curar doenças potencialmente fatais.
Computadores exaescala (termo usado para descrever máquinas que podem realizar um bilhão de bilhões de operações por segundo), bombas de calor e alternativas ao Twitter também foram destacados pelo MIT.
Por exemplo, os chiplets têm o potencial de tornar os computadores mais eficientes, enquanto as bombas de calor podem reduzir as emissões de carbono.
Elon Musk transformou o Twitter com sua aquisição, provocando mudanças significativas na plataforma e até já mencionou que o X(Twitter) poderia ser realizado para fazer chamadas de áudio e vídeo e que abria mão do seu próprio número de celular. O fato é que desde sempre Musk, vê nas Telecomunicações ou com a Starlink e com novas empresas, um segmento a ser explorado.Alternativas como Bluesky e Threads estão ganhando espaço no cenário das redes sociais.
Para desfechar esta edição, a Amy Webb, trouxe sua visão de um superciclo tecnológico inédito, que envolverá a convergência de Inteligência Artificial (IA), ecossistemas conectados e biotecnologia(ex: computadores feitos com células cerebrais humanas, o manuseio das células tronco e gadgets evoluindo o homem para homens-máquinas) e que trarão um avanço econômico sem precedentes, comparados com a máquina a vapor e o desenvolvimento do sistema fabril.
Além de explorar muito bem a inter relação dos 3 temas, trouxe 2 acrónimos, o FOMO (Fear of Missing Out) entre os líderes que não vão querer ficar de fora das novidades e o FUD (Fear Uncertainty Doubts) que traz um forte sentimento de “incertezas e dúvidas” em relação ao êxito da adoção destas novidades, como uma forma de provocação ao seu público.
