Com média de uma startup e empresas de tecnologia para cada 1.400 habitantes, dados de 2020 O País das Startups é.
Israel demonstra que o apelido de Startup Nation ou país das startups, não é por simplesmente ter esta concentração em uma população com menos de 9 milhões de habitantes.
O grande diferencial do país é a atuação do poder público que corre os riscos junto com os empreendedores e investidores. Os riscos enfrentados propõem poucas chances de sucesso das startups. Mas aguçam as novas ideias, faz com que a inovação prospere e a economia floresça, afinal alçar metas diferenciadas exige passar por riscos distintos.
Vários segmentos se destacam no crescimento da inovação no país.
Da biotecnologia à segurança. Dos equipamentos médicos às tecnologias sustentáveis, da educação às empresas de software, o próprio exército israelense tornou-se um concentrador de tecnologia qualificando a operação. No livro Nação empreendedora. Os autores Dan Senor e Saul Singer. Analisam que as virtudes e fatores determinantes para o país se tornar um fenômeno econômico e de alta tecnologia estão no serviço militar obrigatório e nas ondas migratórias. Os autores argumentam que servir às Forças de Defesa de Israel é como um passaporte para a vida adulta. E que ajudam a criar empreendedores potenciais com capacidade de desenvolver uma grande variedade de habilidades, contatos, experiência e responsabilidade, já que o ambiente tem pouca intervenção hierárquica e a capacidade criadora e a inteligência são colocadas à prova constantemente.
Pelo lado dos imigrantes, os autores citam pontos que elevam a maturidade dos empreendedores de correrem riscos, “Os imigrantes não são avessos a começar do zero. Eles são, por definição, o que chamamos de risk-takers. Uma nação de imigrantes é uma nação de empreendedores”.
Israel também valoriza o conhecimento.
O poder empreendedor é absolutamente ligado à cultura judaica que valoriza a educação e conta com escolas públicas de alta qualidade e gratuitas. Somadas a falta de recursos naturais e ao risco de ataque de países vizinhos criam um ambiente único e propicio à inovação.
As pesquisas são incentivadas em áreas específicas através do projeto de Centro de Pesquisa e Excelência de Israel criado em 2011, que concentrou cientistas israelenses que estavam no exterior e abriu oportunidades para novos selecionados.
O incentivo público contínuo em indústrias de base tecnológica e de defesa acabaram por atrair multinacionais como Apple, Google, Facebook, IBM, Intel, Microsoft etc., que desenvolveram seus próprios centros de pesquisa no país.
Uma boa previsão para o futuro indica que as próximas ondas tecnológicas virão de disciplinas como biologia molecular, biotecnologia, indústria farmacêutica, nanotecnologia, ciência de materiais e química em sinergia com a tecnologia da informação e comunicação. Tudo isso já enraizado nas atividades desenvolvidas nas universidades e laboratórios de Silicon Wadi, o vale do silício Israelense.
Muitas vezes avaliamos que a prosperidade e inovação advém de regiões com muitos recursos e ineficiência produtiva. Onde o esbanjo é o maior problema a ser corrigido. Quando, na verdade, as novidades surgem em locais onde a dor a ser curada está na escassez de recursos sem direito a desperdícios.
Fonte: AMCHAM
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