Por muitas vezes, fiz reflexões sobre a necessidade de buscar investimento externo (ex.: VC) para o meu negócio porque eu tinha um conflito pessoal em dividir uma parte da empresa com os investidores. E daí, sempre vinha sempre aquela famosa frase que você ouve quando se fala em ter investidor: “melhor ter 10% de um bolo grande do que 100% de um bolo pequeno”.
Você tem uma ideia e precisa tirá-la do papel?
Se você acredita tanto na sua ideia, a minha recomendação é arriscar por conta própria pelo menos até validar o negócio. Afinal, empreender sempre foi um risco. E se você acredita tanto na sua ideia, se arrisque para ter a certeza de que a mesma pode virar um grande negócio. E sem ter que diluir o Captable já na largada. Se a validação e a solução do problema (PSF) está no caminho certo, mas você começa a ter dificuldades em continuar investindo sozinho, aqui você pode considerar o famoso “family and friends” (FF) para te apoiar (com investimentos) na validação da ideia, mas sem ceder demais o seu captable (e não prejudicar rodadas futuras).
O seu PSF (Product Solution Fit) está validado, mas o MVP ainda precisa ser desenvolvido.
Se demorar para desenvolvê-lo e ir ao mercado o quanto antes, outros concorrentes podem aparecer (além das tecnologias, serem bem acessíveis por qualquer pessoa que queira desenvolver alguma solução – ex.: AI). Aqui ainda vale considerar trazer investidores “family and Friends” ou até mesmo um investidor-anjo para apoiá-lo.
O seu negócio já está em estágio de operação, validado, crescendo. Mas ainda sofre com a falta de capital e consequentemente, precisa de mais dinheiro para acelerar o seu negócio
Se aqui a sua empresa já está gerando receitas e a aceleração é viável, principalmente para começar a ganhar mais tração, considere um investidor-anjo ou fundo de venture capital (VC) que invista em estágio seed.
O negócio está crescendo mensalmente, mas se tiver mais investimento em diferentes áreas da empresa (produto, marketing, vendas, tech, etc) o crescimento pode ser exponencial.
Hora de rever o business plan e se o cenário for promissor, preparar o pitch deck e ir atrás de fundos de venture capital (VC) com foco em seed, Series A.
Independente das escolhas acima. O que é importante ter em mente é que ao trazer investidores para o seu captable, é ter certeza se realmente é o momento de tê-los para apoiá-lo ou se dá para continuar mais um pouco sozinho (para cada estágio, o ideal é você ter os investidores e valores de investimentos adequados de acordo com o momento e o plano de negócio da empresa).
E dependendo do estágio da sua empresa, o tipo de investidor também pode fazer muita diferença. Por exemplo, no estágio de validação do seu produto. Um investidor-anjo pode fazer mais sentido e de alguma forma te ajudar no negócio (o famoso smart money).
Já no estágio de tração e escala, um investidor institucional (VC) pode te ajudar com o networking e questões estratégicas, principalmente futuras captações (fundraising).
No meu caso, ao fundar a Intellibrand em 2014 (empresa de inteligência de dados para o ajudar as marcas a venderem no e-commerce), passei pelas mesmas análises e decisões descritas acima e mesmo dividindo o “bolo”, valeu super a pena ter tido investidores-anjos e institucionais porque foram cruciais para o crescimento e sucesso da empresa.